quarta-feira, 18 de novembro de 2009

REDIRECIONAMENTO - MUDANÇA DE ENDEREÇO

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Cansei do nome desse blog: Reflexões sem significações... Por isso fiz outro blog com um nome mais curtinho e simpático: Caneteando...

http://caneteando.blogspot.com

Dá uma passada lá!!!


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2012...

Ontem resolvemos ir ao cinema...

Pois bem, como eu sou uma pessoa antenadíssima no mundo cinematográfico, cheguei no Cinemark sem nem mesmo saber qual filme seria visto e, muito menos, do que os que estavam em cartaz se tratavam... A escolha estava bem assim: ou escolhia o filme do Michael Jackson ou escolhia o 2012...

Depois de muito pensar, chegamos à conclusão de que o Michael não ia rolar, porque filme de celebridade excêntrica que acabou de bater as botas é fogo na roupa, então... 2012 na cabeça.

Depois de pagar os ingressos, descobri que o filme era sobre a catástrofe que irá assolar o mundo em 2012 e matar toda a galera da terra, previsão esta feita por uma "pá" de gente, inclusive pelos nossos primitos Incas...

Entrei na sala achando que ia ver mais uma daquelas porcarias de filmes catastróficos em que os USA salvam o mundo... e na verdade não me enganei, é isso mesmo, o primeiro lugar a ser destruído é Los Angeles, o presidente estadunidense é o cara mais altruísta do mundo... blá, blá, blá...

Mas me enganei quando pensei que o filme seria um lixo. Claro que não é o melhor filme que eu já vi na minha vida, mas conseguiu prender minha atenção, e um pouco da minha respiração, pelas duas horas e meia de duração. Uma parte engraçada é quando passa o Cristo Redentor caindo e o apresentador de televisão falando "Óh Meu Deus! O Cristo está caindo...", hahaha...

Fiquei surpresa, positivamente, quando descobri, já sentadinha na minha poltrona, que o John Cusack e o Woody Harrelson fazem parte do elenco. E sabe que a película flui, prendendo a atenção do começo até o final, fazendo com que aquelas duas horas e meia não sejam tão cansativas.

Pode não ser o filme do ano, mas dá pra passar um tempinho sentado na cadeira sem achar que jogou dinheiro fora. Se não pela história, que não é lá grande coisa, pelo menos pelos efeitos razoáveis do Roland Emmerich, que adora destruir tudo o que tem pelo caminho.

O final é meio humorista... mas dá pra encarar...

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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Google agenda...

Uns meses atrás descobri a agenda do google, mais um serviço para os usuários de tão poderosa ferramenta.

Eu, desde o primeiro clique, me apaixonei pelo gmail. Na mesma hora abandonei todas as outras contas de e-maill, inclusive a porcaria do hotmail, que, vamos combinar, é um lixo!

Muito bem, não bastasse minha já quase completa satisfação com o gmail, descobri, bem na parte superior da tela, a agenda do google, fácil, rápida e útil. Ali você pode colocar todos os seus compromissos e definir quando receber um e-mail te avisando.

É muito bacana. Para quem, como eu, vive grudado no e-mail e na boa e velha agenda, sofrendo com prazos e mais prazos, a Google Agenda é uma mão na roda que não deixa ninguém esquecer de nada... Experimentem! Vale a pena!


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O anti-semitismo evangélico

Ultimamente, temos observado o crescimento exponencial dos seguidores de pastores, bispos e afins. São os chamados evangélicos, alguns mais escandalosos que outros, mas todos seguidores dos mesmos dogmas questionáveis.

Nos centros das grandes cidades é muito comum ver algumas pessoas com seus autofalantes ambulantes, ligados no volume máximo e com seus livrinhos debaixo do braço, berrando: "Irmãos, a briba fala, a briba diz..." Esse tipo de comportamento é até justificável pelo grau de instrução quase nulo dessas pessoas, além da situação quase desesperadora de muitas delas.

Porém, parece ser cada vez mais frequente a formação de grupos fechados de evangélicos em todas as áreas da sociedade. Como exemplo, podemos citar coisas aparentemente banais, mas que, com o passar do tempo, poderão ter consequências catastróficas, como a inocente pergunta que vira e mexe surge nas entrevistas de emprego:
Qual a sua religião?
Será que esse tipo de questionamento é relevante para demonstrar a capacidade profissional do entrevistado? Além disso, na esmagadora maioria das vezes, tal pergunta sempre é feita por um entrevistador evangélico. Não estamos isentando os católicos de culpa no cartório. Na verdade, eles só não perguntam esse tipo de coisa por já partirem da premissa de que o entrevistado é da mesma religião.

Agora, mudando de assunto, mas não de direção, vamos fazer um paralelo histórico.
Alemanha, décadas de 30/40 do século XX.
Para conseguir um bom emprego, você deveria ser filiado ao Partido Nazista. Para se casar com um exemplar da raça ariana, você deveria apresentar um atestado de pureza racial, emitido por um doutor, claro, 100% ariano.

Não apenas os judeus, mas os não-arianos e não-nazistas eram discriminados pessoal e profissionalmente, ficando relegados ao submundo e ao subemprego. Se você não fizesse parte da patotinha dos Brüder (irmãos), bau bau...

Pois bem, será que qualquer semelhança é mera coincidência??? Será que vamos chegar a esse ponto???

Não sabemos, o fato é que essa perguntinha, aparentemente inocente, esconde uma das mais temíveis formas de segregação existentes. Se a coisa continuar a evoluir assim, haverá um dia em que os "do mundo" (ou seja, os não-evangélicos), precisarão mentir para conseguir, entre outras coisas, uma vaga de emprego.

* Este post, publicado simultaneamente nos blogs Reflexões sem significações e Quanta coisa..., foi escrito a quatro mãos, a partir de uma ideia maluca da Pati.

P.S. O Don Jaime disse: ¡¡¡Yo no tengo nada a ver con eso!!!




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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Bem-vindos à família, primos!

Este post foi originalmente publicado no blog do Luiz. Eu achei tão interessante, que resolvi postar aqui também. Então lá vai:

Bem-vindos à família, primos!

Uma análise genealógica mostra que todos os seres humanos são universalmente ligados por parentesco. Os genealogistas traçam a árvore genealógica de uma pessoa geralmente seguindo a linhagem direta, ou seja, pais para avós, para bisavós, etc. Este método tenta demonstrar como cada família é única. Mas basta avançar um pouco mais na história para revelar que ninguém— e muito menos um povo— possui uma família única e segregada das demais. Cada família na face do planeta é relacionada a todas as outras.
Para entender isso, acompanhe a tabela abaixo:





# geração|
Anos atrás|
Data|#
ancestrais diretos




0
0
2009
(eu)




1
25
1984
2 (pais)




2
50
1959
4 (avós)




3
75
1934
8 (bisavós)




4
100
1909
16 (etc.)




5
125
1884
32




6
150
1859
64




...
...
...
...




28
700
1309
268,435,456




29
725
1284
536,870,912




30
750
1259
1,073,741,824




31
800
1234
2,147,483,648




32
825
1209
4,294,967,296

A tabela indica, para uma pessoa nascida em 2009, o número dos seus antepassados ao longo da História. Cada geração dura em média 25 anos; esta é apenas uma aproximação, mas que, no longo prazo, torna-se razoável. A última linha da tabela, por exemplo, mostra que, por volta de 1200 d.C., mais de 4 bilhões de pessoas deviam estar vivas para gerar a próxima geração dos meus ancestrais.

É óbvio que esta tabela não pode estar correta: não havia 4 bilhões de pessoas vivas em 1200 d.C.— a população da Terra só chegou aos 4 bilhões no século XX. Qual é então a solução deste paradoxo?

A solução é que todos nós somos descendentes das mesmas pessoas e que nós descendemos muitas vezes (quer dizer, através de múltiplas linhas) dos mesmos ancestrais. Famílias casam entre si, primos casam com primas, primos-segundos casam e têm filhos, e assim por diante. Filhos de um casal de primos, por exemplo, têm seis bisavós em comum, ao invés de oito, como indicado na tabela. O mesmo vale para primos-segundos, em relação aos tataravós. Portanto, embora seja certo que nós tínhamos sem dúvida descendentes vivos em 1200 d.C., isso não quer dizer que eles eram 4 bilhões.

Agora, vamos extrapolar essa solução para um grande número de pessoas. Um quadro imprevisto aparece: todos os povos são primos genealógicos. Não é preciso ir muito longe no passado para identificar ancestrais comuns a grandes grupos de pessoas, até mesmo nações, continentes e, eventualmente, toda a população do mundo.

Alguns matemáticos, trabalhando com estes problemas, concluíram que toda pessoa viva com no mínimo um antepassado de origem européia, norte-africana ou do Oriente Médio, por exemplo, é descendente direta de Maomé, o profeta do Islã, e de Carlos Magno, o Imperador dos Francos. Maomé viveu no século VIII e Carlos Magno, no IX. Volte apenas mais alguns séculos e você vai descobrir ancestrais comuns a quaisquer duas pessoas vivas hoje.

Então, todos nós somos descendentes da rainha Nefertiti do Egito Antigo, de Jesus Cristo (se é que ele existiu mesmo, e se é que ele teve filhos, como afirmam alguns), de Júlio César, de Confúcio e de qualquer outro personagem histórico da Antiguidade, de qualquer parte do mundo.

Por isso, qualquer forma de racismo vai por água abaixo com base nessas verdades genéticas e genealógicas. E também vai por água abaixo aquela camiseta comum há algum tempo atrás, 100% Negro. E também 100% Branco, 100% Amarelo e 100% Vermelho. Sem contar que sangue azul, só em caneta.
Meu olho azul é o negro diluído,
Racismo é um rio poluído.
Eu sou branco, orixá me abençoou.
Se me chamar de negro
Vou dizer que também sou.
Eu sou negro, orixá me abençoou.
Se me chamar de branco
Vou dizer que também sou.
Limpa o rio, limpa o mar,
E viva a diferença.
(André Abujamra)
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domingo, 8 de novembro de 2009

55ª Feira do Livro de Porto Alegre...

Nos últimos dois finais de semana, a parada obrigatória dos humoristas foi a útima edição da feira do livro gauchesca. São dezenas de barracas vendendo livros de todos os tipos, tamanhos e cores. E preços...

Claro que, como bons humoristas que somos, nossas paradas preferidas foram os saldos... livros baratos, baratiiiiinhos, que estão alí esperando como um cão vira-lata por um dono.

A única coisa que sei dizer é que nos últimos 14 dias a nossa biblioteca engordou substancialmente: foram, exatamente, 42 livros a mais para nossa humilde coleção. Encontramos até livros de R$ 1,60. Isso, claro, sem contar o número absurdo de marcadores de livros. São, com certeza, mais de 200, cada um mais legal que o outro. O meu preferido é um periscópio que sai de dentro das páginas do livro para bisbilhotar os arredores, também tem a mão do monstro, que parece querer te pegar, o rabo do dragão, as pernas de um mergulhador com seus pés-de-pato roxo, a mão segurando uma varinha de condão de strass e as pernas de uma mulher, acho que gostosona, com cinta-liga e salto alto. Enfim, muito bacana e original.

Mas agora, voltando ao assunto principal, o que podemos falar da Feira Anual do Livro de Porto Alegre?

Bem, para o pessoal da cidade grande, a feira, apesar de agradável, tem um quê de provinciana, tipo feirinha do interior. Por ser o maior evento do ramo no Estado, nós, os humoristas de plantão, esperávamos mais, mais barracas, mais livros, mais variedades, mais infra-estrutura e melhores preços.

Imagine que ontem, na nossa segunda visita oficial, chovia torrencialmente, de modo que até Noé diria: "Rapaz!!! Vou correr pra Arca!"... Parecia a Feira do Livro de Veneza, as banquinhas isoladas por piscinas naturais enlameadas, goteiras que pingavam, invariavelmente, bem no cucuruto ou bem no meio do olho da galera...

Chovia, chovia, chovia... e nós quase nadando em literatura... literalmente...

Veja outra situação... Encontramos um livro chamado "A escolha de Sofia", livro velho, que já tinha passado do amarelado para o amarronzado, embolorado, empoeirado... até aí tudo bem, então percebemos que ele estava furado, varado, atravessado... Uma traça letrada devorou todas as páginas do livro, deixando um túnel perfeito... dava pra brincar de "espiar pela fechadura" com o livro... coisa de doido...

Aí, nós, inocentes que somos, perguntamos o preço de tão valiosa relíquia, ao qual recebemos como resposta: 15 "pilas"... 15 reais???? Tudo bem que as palavras continuavam ali, claro que nem todas, pois umas estavam na barriga da traça, mas mesmo assim... nós já havíamos comprado livros novíssimos por 5 reais e pagar 15 por um resto de almoço de traça é o "ó do borogodó"...

Claro que esse evento isolado não reflete o proceder de todo pessoal da feira, e sim a visão medíocre de um livreiro limitado que não sabe negociar.

Mas no final, podemos dizer que nos divertimos "pra burro". Ganhamos 4 livros "kostenlos", dos quais só um valia a pena (um livro de arte com as obras da Exposição "Arte na França: O realismo", do MARGS), mas afinal, grátis até ônibus errado... Luiz ganhou 2 autógrafos da Yeda Crusius (governadora do RS). P.S. pro Pedrin: Não é o Lula, mas cada um se contenta com o que pode... hehehe...

Comemos até poesias, a mais gostosa foi a poesia da Pitanga... Enfim, foram dois sábados repletos de cultura, bom humor e marcadores de livros que nos acompanharão por longos anos...


E olha que esses são só os do primeiro sábado de feira... Tem muito mais...

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